quinta-feira, 20 de maio de 2010

"Ali vivemos um tempo que não sabia decorrer, um espaço para que não havia pensar em poder-se medi-lo. Um decorrer fora do tempo, uma extensão que desconhecia os hábitos da realidade no espaço. . . Que horas, ó companheira inútil do meu tédio, que horas de desassossego feliz se fingiram ali. . . Horas de cinza de espírito, dias de saudade espacial, séculos interiores de paisagem externa. E nós não nos perguntávamos para que era aquilo que não era para nada. Nós sabíamos ali. por uma intuição que por certo não tínhamos."