quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Eu deveria ir até no alto e descer depois. Gritar de alegria e chorar, como se fosse drama. Tentar chegar no topo, no lugar mais alto e lindo, cheio de luz. Gritar algumas vezes faz bem, muito bem, pra alma, pro coração, pra cabeça, pro pulmão. A vontade de chorar, é pra reprimir tudo aquilo de bom e ruim, por que só os fracos choram de tristezas, e os ricos da pobreza, e os bons, da felicidade.
Aquele velho ditado de as pessoas boas vão pro Céu, pra que? Ir tão rápido, e deixar todas as pessoas boas que estão com ela para trás? Leva tudo ! Leva o mundo contigo. Grita para todos que estão errados e certos, sem está, ser mais, quando é menos. Ter mais, quando só pode ter menos. É a mania de todos, todos erram, todos tem mania. Rir bem alto, como se voasse sorrindo, e sorrindo cantando como se fosse um pássaro. Abrir a janela, deixar aquele Sol, com aquele frio aquecer tudo que você tem de bom e do melhor...plantar das melhores sementes, e se tiver alguma podre, jogue no esgoto (todo mundo tem um lado podre, um lado imundo, sujo, e injusto de ser.) Me lembra que drama não faz sentindo, e que cama não rima com gato. E que a vida é curta de mais, pequena, e boba para se gastar tão pouco, e gozar dela como se você fosse a Dercy Gonçalves."
Estava sentada no quarto ouvindo "Blue Beard" da Band of Horses, que para mim é uma das melhores músicas deles. Acho que é pelo simples fato de eu matar as minhas saudades, minha falta, a ausência daquilo tudo que já tive. Que as coisas que eu passei, foram e voltaram, mais foram de uma vez, para sempre, para nunca mais voltar.
A falta é uma ausência tola, boba, besta. É como se fosse um sentimentos para tolos.
Por que sentir falta, é querer preencher com alguma coisa, com qualquer vazio (e muitas pessoas se contentam com pouco.) Eu queria sentir o a felicidade do pouco, mas pouco pra mim não é muito. Pouco pra mim é pouco, pouquíssimo, não é quase nada, não é nada. Ando como sempre estivesse faltando algo para mim, ando como se eu esquecesse alguma coisa atrás de mim, que logo logo eu vou sentir falta, e como vou. Ando sentindo falta dos abraços e das vozes, que muitas delas até já esqueci o tom, mas nunca os olhares. Aqueles olhares que brilham ao ver, ao chorar, e a fica com raiva. É estranho falar com alguém que você não vê a muito tempo, é estranho voltar a conviver com alguém que não faz parte mais de você. É estranho colocar outras pessoas nos lugares delas, é estranho se confortar em um outro corpo, e se sentir seguro com tudo aquilo que aquela pessoa está lhe falando. Se torna sem cor, e se torna triste quando você perde alguém que você um dia vai sentir muita falta, e você só percebe, quando você vira, e segue em frente. Você só nota o que fez de errado, quando tudo aquilo que você fez passa como um filme em sua mente, como se fosse uma morte, com se você estivesse preste à viver outra realidade. Daí você vive, daí você conhece outras pessoas, daí você sonha novamente, faz planos, sorri, sente, vibra, vive, chora com outras emoções, até mais intensas e verdadeiras. Não é estranho você dizer "TE AMO" para alguém, sendo que você já usou desta palavras algumas vezes? Ou não é estranho dizer "EU TE AMO" pela primeira vez? Sentir medo, e ter medo de repetir? Não é estranho dizer "EU TE AMO" e ouvir "EU TAMBÉM, E MUITO"? É estranho viver com outra pessoa, conviver e aprender o que é certo e errado com ela. É como tudo aquilo que você já sabia, não tivesse graça, mas com ela, tudo faz mais sentido e clareza. É como se você estivesse ouvindo alguma coisa velha, de uma pessoa nova. É sentir um ar novo, e acreditar que aquilo sim vai ser melhor que o outro. É como se tivesse ganho um coração, mais é quase isso, por que quando a gente ama, quando a gente sente falta, quando a gente sente saudade de uma pessoa, é que aquele coração, aquele antigo coração estivesse morrendo, mas tudo isso (falta, saudade) estivesse ali, fazendo reviver aquele velho coração, mas muitas vezes o novo coração é mais forte, e finalmente mata o velho.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu digo como eu me sinto, e você não se importa ! Eu não quero jogar na sua cara o que você fez ou deixou de fazer por mim. Eu sempre quis a verdade, então não precisava exagerar nos seus elogios. Me encher de esperanças, e me ensinar, e mimar. Não precisava me dizer o quanto eu era querida, e especial... Nem todas as mulheres precisam disso, e eu não sou grande o suficiente para me conformar com isso. Eu sempre lutei no que era meu, sempre quis o que era meu de volta. Então, devolva-me o meu amor? Já que você não se importa. Eu algumas vezes tenho meus pés no chão, mas nem sempre consigo sonhar. Eu tenho minha cabeça nas nuvens, e parece ! A minha mente, o meu corpo, a minha voz, ela não pode ser abafada pelos seus modos anticonvencionais. Você fez questão de esquecer o que eu te disse, então comecei a me preocupar com o meu próprio inferno.
Eu nunca quis ser rejeitada, pelo motivo de eu nunca rejeitar ninguém. Talvez por isso? Eu poderia tragar os meus problemas, e levar todo o meu orgulho. Primeiro você veio como se eu fosse uma das melhores coisas que tivesse acontecido, depois, você corre como se eu fosse uma das piores coisas que já te aconteceu. Você se esconde, fugindo de tudo, e eu não posso nem suportar tudo isso ! Pois eu nunca aguentei, eu nunca quis aguentar isso. Não faça de tudo isso uma pouca coisa, não seja tão insensível. Não estamos mais jogando no mesmo jogo, então não precisamos ser tão defensivos. Não advogue seu caso, não se preocupe em me explicar...Nem sequer me mostre seu rosto, pois é uma vergonha chorante. A unica coisa que quero, é que você volte para pedra de onde veio, e leve a tristeza que você me trouxe, e tudo que você reivindica. E ah, não se esqueça da culpa. Por que eu tenho, sempre tive, o meu próprio inferno para se preocupar. E disso você nunca ligou...Você nunca fez caso.